Lula diz que retomará Minha Casa Minha Vida: “Pintem como quiserem”

2 set 2022 - Brasil - Mundo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato a um novo mandato no Palácio do Planalto, fez comício em Belém (PA), na noite desta quinta-feira (1º/9), onde voltou a centrar críticas contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), seu principal adversário nas Eleições 2022. Na ocasião, o petista atacou o programa habitacional do atual governo, o Casa Verde e Amarela, e garantiu que, se eleito, irá trazer de volta o Minha Casa Minha Vida, uma das marcas de suas gestões.

“Eles acabaram com o Minha Casa Minha Vida e criaram o Casa Verde e Amarela. E até agora não tem uma desgraçada de uma casa verde e amarela”, fustigou Lula.

“Nós vamos retomar o Minha Casa Minha Vida e eu vou dizer a vocês: pintem a casa do jeito que vocês quiserem. Essa babaquice de que tudo tem que ser de verde e amarelo, até a carteira nacional. Acabaram com a carteira profissional e criaram a fantasia da carteira verde e amarela. E o que aconteceu? Hoje, os empregos estão na informalidade”, completou.

O petista ainda atacou Bolsonaro por não ter estabelecido, no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), enviado nessa quarta-feira (31/8) ao Congresso Nacional, recursos para assegurar o Auxílio Brasil de R$ 600 no ano de 2023, além da falta de ganho real do salário mínimo.

“Essa semana Bolsonaro mandou a Lei de Diretrizes Orçamentárias e não teremos aumento do salário mínimo ou sequer reajuste do Imposto de Renda. Não tem auxílio de 600 reais. E essa gente ainda fala que quer governar o Brasil”, discursou.

Nesta quinta, durante live nas redes sociais, Bolsonaro afirmou que uma das opções para garantir o Auxílio Brasil de R$ 600, e não de R$ 405, como estabelece a PLOA, seria a taxação de lucros e dividendos acima de R$ 400 mil mensais. Segundo o presidente, outra alternativa estudadas é justamente a criação de nova PEC com a mesma finalidade.

Sobrou para Moro

A metralhadora verbal de Lula ainda se voltou ao desafeto Sergio Moro, seu algoz na Lava Jato e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro. “Durante cinco anos, esse juiz enganou a opinião pública brasileira. Durante cinco anos, o Ministério Público enganou a televisão, as revistas, os jornais. Durante cinco anos, esse Moro mentiu ao país. E quando a gente prova a verdade, eles não têm coragem sequer de pedir desculpas, porque desculpas é uma palavra que só sai da boca de gente que tem dignidade, respeito, que aprendeu a tratar pessoas bem”, disparou.

Ao final do comício, o ex-presidente amenizou o tom e voltou a encarnar o “Lulinha paz e amor” das eleições de 2002: “Antigamente, eu era chamado de Lula. Depois, eu virei presidente e passei a ser chamado de Luiz Inácio. E agora eu sou chamado de ‘amor’”.