Policial penal de folga afirma ter sido agredido por guardas municipais em Fortaleza

19 ago 2022 - Nordeste

Um policial penal do Ceará, que estava de folga, denuncia que foi agredido em uma abordagem da Guarda Municipal de Fortaleza (GMF). Em contrapartida, o Órgão Municipal afirma que os guardas precisaram reagir a agressões cometidas pelo servidor da Secretaria da Administração Penitenciária do Ceará (SAP).

Na versão do policial penal, ele foi agredido por guardas municipais em uma parada de ônibus, na Avenida Coronel Carvalho, na madrugada desta quinta-feira (18). A reportagem recebeu imagens em que o policial aparece ensanguentado. A vítima conta com detalhes como foi abordada e violentada.

Segundo o policial, ele chegou a informar aos guardas a sua função, mas os agressores teriam zombado dele. “Eu e um amigo meu fomos abordados. Um dos guardas chegou mandando eu botar as mãos para cima. Coloquei, levantei e camisa e mostrei o brasão. Eu disse que era policial penal. Aí um guarda disse: “tu né policial não, mah, esse brasão aí compra em qualquer bodega, mandei foi tu se deitar” (sic).

VERSÕES

O policial diz que levou um tiro, caiu no chão e em seguida foi atingido por um segundo disparo: “Chute na cabeça, na barriga, nos peitos. Me colocaram na viatura, eu todo ensanguentado. No caminho pro Frotinha do Antônio Bezerra discutimos, falei que aquela abordagem estava errada. Um deles disse que estava barato, porque eles iam era me matar”, afirma.

A GMF emitiu nota em que descreve que “uma equipe de agentes realizava um patrulhamento preventivo na região da Barra do Ceará, quando foi abordada pelo proprietário de um restaurante da área, informando que dois homens teriam consumido bebidas alcoólicas em seu estabelecimento e se recusado a pagar”.

“De acordo com o comerciante, um dos homens teria usado o pretexto de ser policial para não efetuar o pagamento, se retirando do lugar em seguida”, completa.

Os guardas municipais realizaram uma busca pela região e encontraram os dois homens na Avenida Coronel Carvalho. Os servidores tentaram realizar a primeira abordagem, mas não foram atendidos, segundo a Guarda