Bancários ameaçam greve na Paraíba, paralisam agências e esperam “proposta decente” dos bancos
16 ago 2024 - NordesteOs bancários na Paraíba ameaçam entrar em greve, caso os bancos não apresentem proposta salarial que atenda a categoria. Eles estão em luta nacional para que os bancos apresentam uma “proposta digna”. Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta quinta-feira, o presidente do Sindicato dos Bancários, Lindonjhonson Almeida, disse que os trabalhadores já estão fechando algumas agências para advertir os bancos.
A categoria busca, segundo consta em seu site, é “pressionar os bancos para a entrega de uma proposta digna e global para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) na próxima mesa de negociações, agendada para terça-feira (20).”
“Nós estamos retardando [o horário] todas as agências do Centro e algumas da Caixa porque os bancos estão intransigentes. Fizemos negociação, eles não colocaram nenhuma proposta de avanço, de índice da cláusula econômica e nós estamos paralisando as agências”, explicou o presidente do Sindicato dos Bancários ao Arapuan Verdade.
Ainda segundo Lindonjhonson Almeida, “caso não venha proposta de cláusulas econômicas, vamos fechar por um dia, por mais de um dia, podemos até entrar em greve. Esperamos que os bancos venham colocar uma proposta decente para os bancários porque nós estamos aqui atendendo, sendo pressionados, há adoecimento por causa das metas, mas nós não vamos aceitar o que os bancos estão fazendo.”
Reivindicações
Entre as reivindicações dos bancários estão o aumento salarial acima da inflação (reposição da inflação, pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%), melhorias na participação nos lucros e resultados e aumento no vale alimentação, vale refeição, no auxílio babá e no auxílio creche.
Há também cláusulas sociais e de saúde na proposta dos bancários, como o pedido de combate ao assédio moral e sexual, mais mulheres no setor de Tecnologia da Informação (TI) dos bancos e igualdade de oportunidades e igualdade salarial, entre gênero e raça.
Os bancários pedem, ainda, o fim das terceirizações, garantia de emprego e dos direitos conquistados, indenização adicional em caso de demissão, garantias para mães e pais de PCDs, segurança nos ambientes físicos e digitais do sistema financeiro e outros termos.