IBGE: cai número de registros das mortes e nascimentos no Brasil

27 mar 2024 - Brasil - Mundo

No Brasil, 2.621.015 de bebês foram registrados em cartórios em 2022, representando uma queda de 3,5% em relação a 2021 (menos 93.566 nascimentos). Essa retração ocorreu pelo quarto ano consecutivo desde o início da série histórica, em 1974.

Os dados fazem parte da pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2022, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (27/3). O levantamento reúne informações de 19.727 cartórios, órgãos vinculados à Justiça e tabelionatos de notas para compor o quadro das estatísticas de registro do país.

Essa marca corresponde a um decréscimo de 15,8% (-281.584 falecidos) em relação a 2021, ano do auge da pandemia da Covid-19, quando 1.786.347 mortes foram registradas — o maior valor desde o início da série histórica.

Apesar da queda, 2022 tem números superiores a 2019, quando, à época, foram registrados 1.317.292 óbitos. Além disso, ao ser comparado com a média dos cinco anos anteriores à pandemia (1.276.879), o total de registros de mortos ainda é maior em 2022.

Número de nascimentos e mortes registradas em 2022, por UF

Nascimentos registrados
Dos 2.621.015 nascimentos registrados em cartórios no Brasil, 2.542.298 são de crianças nascidas em 2022 e registradas até o primeiro trimestre de 2023. Já os demais 78.717 registros (3%) ocorreram em anos anteriores ou em ano de nascimento ignorado.

Entre 2021 e 2022, o percentual da queda nos registros de nascimentos foi superior à média nacional (-3,5%) em duas regiões: Nordeste (-6,7%) e Norte (-3,8%). Nas demais, esse índice foi inferior à média: Sudeste (-2,6%), Centro-Oeste (-1,6%) e Sul (-0,7%).

A Paraíba foi a unidade da federação que apresentou maior redução no número de nascimentos registrados, com -9,9%. Seguida por Maranhão (-8,5%), Sergipe (-7,8%) e Rio Grande do Norte (-7,3%).

Por outro lado, Santa Catarina (2%) e Mato Grosso (1,8%) foram os únicos estados que tiveram aumento de registros de bebês.

Com média mensal de 211.858 registros, o maior volume de registros eram de bebês que nasceram em março (233.177) e maio (230.798), enquanto outubro teve menor número de nascimentos (189.003). Esse comportamento, segundo o IBGE, confirma a tendência de nascimentos no primeiro semestre do ano, em especial em março.

Óbitos registrados
Conforme o Registro Civil 2022, 1.524.731 mortes foram registradas em cartórios no Brasil. Desse total, 1.504.763 ocorreram em 2022 com registro feito até o primeiro trimestre de 2023. Os outros 19.968 casos (1,3%) ocorreram em anos anteriores ou o ano do óbito foi ignorado.

O IBGE informou que 90,7% dos óbitos foram provocados por causas naturais, 6,8% por causas externas e em 2,5% dos casos não foi possível obter a causa da fatalidade.

Nesse período, o número de óbitos masculinos é superior aos femininos ao longo de quase toda a vida, exceto nas idades mais avançadas. A queda de mortes de mulheres (-14,5%) foi inferior à de homens (-16,8%).

Desta forma, entre 2021 e 2022, a razão de sexos diminuiu de 124,1 para 120,8 óbitos masculinos a cada 100 femininos

Cerca de 71,5% dos óbitos registrados são de pessoas com 60 anos ou mais de idade. Nesse período, também houve uma redução no número de mortes em todos os grupos da faixa etária de 15 anos ou mais.

Confira o percentual por idade:

0 a 9: 2,4%
10 a 19: 1,2%
20 a 29: 3,3%
30 a 39: 4,1%
40 a 49: 6,5%
50 a 59: 10,9%
60 a 69: 17,6%
70 a 79: 21,7%
80 ou mais: 32,2%
Mortes por Regiões
Entre 2021 e 2022, todas as Regiões, incluindo as unidades da federação (UF), apresentaram redução no número de óbitos no Brasil. Confira:

Centro-Oeste: (-21,7%)
Norte: (-21,1%)
Sudeste: (-17,4%)
Sul: (-15,6%)
Nordeste: (-9,3%)
As cinco UFs com maior queda percentual no número de mortes, nesse mesmo período, foram:

Amazonas (-29,9%)
Rondônia (-26,6%)
Acre (-25%)
Distrito Federal (-24%)
Roraima (-23,6%)
Por outro lado, as cinco UFs que apresentaram menor recuo estavam localizadas no Nordeste. Veja:

Piauí (-6,3%)
Bahia (-6,9%)
Paraíba (-6,9%)
Alagoas (-7,2%)
Rio Grande do Norte (-8,8%).

 

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Fonte: Metrópoles.